sexta-feira, 1 de julho de 2005

Património e Arte

Uma das razões que me leva a publicar este blog é defender a tese que Património e Arte não são necessariamente uma e a mesma coisa, mesmo que em dados momentos (felizes!) possam coincidir no tempo e no espaço.
E porquê esta preocupação?
Bem, acima de tudo, porque tenho a consciência que a opinião pública no geral (ou pelo menos a que se vê publicada em meios de comunicação social escrita e falada, sejam eles vinculados a entidades privadas ou públicas) não dá o devido valor aos Imóveis e Espaços Públicos que no tempo presente se vão construindo e renovando e que são face mais visível da história e progresso das nossas aldeias, vilas e cidades.

Uns dirão porventura que a larga maioria dos imóveis públicos modernos primam pela ausência de critério, pela falta de escala, pela insignificância do valor artístico, ora é precisamente aqui que eu penso que devemos nos centrar e procurar perceber o porquê destas características e avaliar se elas são mesmo uma constante em tudo o que se faz ou se pelo contrário já foram assumidas com uma verdade imutável que ostraciza e toda qualquer tentativa de inovar, de fazer arte, de criar um espaço monumental.
A verdade é que corremos o risco de um dia vir o nosso vizinho do lado perguntar porque é que casas, as câmaras, os mercados, os tribunais, as igrejas e os centros culturais, em Portugal são todos iguais.

Para dar o exemplo junto hoje as fotografias de uma viagem recente à zona de Aveiro e Pombal, onde encontrei alguns edifícios muito interessantes:


Aveiro: Igreja de Nossa Senhora de Fátima (1968)
Interessante crucifixo com um Cristo espelhado.


Aveiro: Igreja de Quintãs (Oliveirinha) (2000)


Pombal: Igreja Nova da Guia (1997)

Até à próxima,
RM (Dr. Strange)